quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

IGAM REGIONAL NORTE EM RIMAS DE CORDEL


Engenheiros novos ainda pouco testados,

Foi em 2006, no IGAM, que os trabalhos foram iniciados

Com colete e caneta desembainhada, viajamos como sertanejos

Fiscalizando em cada quadra, os oásis desses relevos,

Mas em 2007 acostumados com os conflitos da região

A chefia do instituto pediu que trabalhássemos com a tal gestão,

No início achamos estranho, organizar o debate desta gente

Que de tanto sofrer com a seca, tem medo do futuro, tendo em vista o presente,

Assim aprendemos, que muito pouco adiantava sermos engenheiros

Se do povo que vivencia a angustia da seca, nós não fossemos companheiros,

Organizamos os trabalhos, instituíram-se os comitês

Para que os sertanejos juntos mostrassem a sua altivez,

Política pública gravada, como pintura rupestre

Restava para o IGAM o ultimo toque de mestre

Direcionar os debates que ele tanto incentivou

Precisava agora contratar o plano diretor,

Foi assim que licitaram as empresas para a empreitada

Concorreram muitas, até que uma fosse contratada,

Preocupados com o plano e com as linhas do seu conteúdo

Chamaram a tal câmara para que acompanhasse tudo,

Se não bastasse essa tarefa, que com cuidado andamos fazendo

Agora vem a tal “cobrança” devagar aparecendo

Dessa temos medo, pois o povo não confia

Pagar pelo uso da água, o usuário até arrepia,

Mas isso é outra conversa que deixo para adiante

Pois a gestão deve continuar de forma ainda mais confiante,

Disseram os Doutores que para a água gerir

nove ferramentas de gestão não podem deixar de existir

Preocupado com o que falaram me peguei pensando

Com tanta crise no mundo, quem irá investir tanto

Quanto tempo leva, nem imagino quando...

O que importa para o sertanejo é continuar acreditando,

Muita coisa evoluiu e continua a progredir

Mas, de uma coisa tenho certeza e não irei omitir

Para que a gestão das águas de Minas continue a fluir

Será preciso que o IGAM e seus parceiros continuem a existir.

RAFAEL SÁ